Apresentada desde 2006 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), por encomenda da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro teve sua série histórica atualizada: incluindo os dados apurados em 2018, o dossiê passa agora a compilar os números de treze anos de atividade editorial no país.
Retirados das edições anteriores do estudo, os números de faturamento foram trazidos a valores de 2018, corrigidos pela variação acumulada do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), revelando o desempenho real das editoras ano a ano.
O levantamento mostra que o faturamento do setor editorial geral (com vendas para o mercado e para o governo) diminui 25% no comparativo entre 2006 e 2018. O estudo mostra um crescimento do número de exemplares vendidos no mercado entre 2006 e 2014 de 84 milhões de livros, e a queda acentuada nos últimos 4 anos, voltando a patamares próximos a 2006. O preço médio dos livros no período total diminuiu 34%, o que explica a redução do faturamento do setor.
No período compreendido entre 2006-2014, o subsetor mais afetado é o de Obras Gerais (OG), com queda acumulada de 25%, levando em consideração apenas as vendas ao mercado. Já no período de 2014 a 2018, que compreende o início da crise econômica, o subsetor mais afetado é o de Científicos, Técnicos e Profissionais (CTP), com queda de 45%, quando consideradas apenas as vendas ao mercado.
Analisando o histórico de 2014-2018 houve uma redução de 27% no número de exemplares vendidos pelo setor, o que em termos absolutos significa uma redução de 74,71 milhões de exemplares vendidos. Os dois subsetores mais afetados são OG e CTP, com uma queda no número de exemplares vendidos de 24% e 50%, respectivamente. Em termos absolutos são 27,09 milhões de exemplares vendidos a menos pelas editoras de OG e 15,84 milhões de exemplares a menos vendidos pelas editoras de CTP.
O subsetor de Didáticos apresentou uma queda real de 23% de 2006 a 2018. É o segmento com maior participação das vendas ao governo, que responde por cerca de 40% do faturamento do mesmo.
Religiosos com um melhor resultado entre os quatro segmentos analisados nas vendas para mercado e governo, teve decréscimo de 20% entre 2006 e 2018 e, nos últimos dois anos (2017-2018) variação de 3%.
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