Inovação, integração e diversidade marcam abertura do 4º Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos 

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Até sexta-feira, evento reúne especialistas nacionais e internacionais em debates sobre os rumos do setor editorial brasileiro 

O primeiro dia do 4º Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos (EELDG), promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), reuniu nesta quarta-feira (20), no Casa Grande Hotel Resort & Spa, no Guarujá (SP), cerca de 300 participantes para debater os rumos do setor editorial brasileiro. Até sexta-feira (22), especialistas nacionais e internacionais participam de mesas, painéis e atividades práticas sobre temas como inovação, inteligência artificial, marketing, sustentabilidade, curadoria e comportamento de consumo. 

A mesa de abertura, “A Voz das Entidades: Diálogos, Desafios e Conquistas Compartilhadas”, reuniu representantes das principais instituições do setor. Sevani Matos, presidente da CBL, começou a conversa destacando a importância da união das entidades. “Mais do que um encontro, esse é um momento para mostrar ao público como temos avançado quando trabalhamos juntos, com diálogo, respeito e estratégia. Na CBL, acreditamos muito que essa troca permanente entre nossas instituições é essencial para fortalecer políticas públicas, ampliar o acesso ao livro e à leitura, garantir a diversidade de títulos e proteger toda a cadeia produtiva e criativa do livro. Temos desafios enormes pela frente, mas as conquistas que já alcançamos mostram que estamos no caminho certo”.  

Ângelo Xavier, presidente da Abrelivros, destacou a urgência de políticas públicas diante da queda no índice de leitura desde 2019, apontada pela pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, e defendeu o fortalecimento do PNLD como política estratégica. Marcus Teles, diretor da Rede Livrarias Leitura e representante da ANL, ressaltou o papel da chamada Lei Cortez no fortalecimento das livrarias brasileiras, inspirada na bem-sucedida Lei Lang da França. 

Já João Scortecci, presidente da Abigraf-SP, lembrou o histórico distanciamento entre editores e gráficos e defendeu o fortalecimento do diálogo: “Descobrimos que as editoras não mordem, e o diálogo está sempre aberto”. Renato Fleischner, diretor do SNEL, reforçou a atuação conjunta das entidades pela atualização da legislação de direitos autorais diante dos desafios da inteligência artificial. Lizandra Magon, presidente da Libre, ressaltou os avanços obtidos com a formulação do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), lançado em 2024, mas ponderou que sua implementação plena ainda está em andamento. “O objetivo é chegar à base e atender pessoas em todas as regiões do país.” 

Patricia Amorim, presidente da ABDL, reforçou a preocupação da associação com o acesso do livro ao consumidor final: “Nos preocupamos com a chegada do livro na ponta. Levar o livro até o consumidor final é o nosso cerne.” 

O painel seguinte, Inteligência Artificial e seu impacto na Indústria do Livro”, conduzido pelo argentino Daniel Benchimol (Proyecto451), trouxe reflexões sobre as transformações provocadas pela IA. “Estamos diante de uma mudança social de enorme alcance. A IA já permite feitos que levariam séculos de pesquisa, mas também carrega vieses e alucinações. Precisamos de uma postura crítica e responsável diante dessas ferramentas, entendendo como influenciam nossa cultura e o futuro do livro.” 

Na sequência, a mesa “Reflexões sobre as oportunidades: como editores colocam em prática estratégias a partir da realidade do setor editorial”, mediada pela jornalista Talita Facchini, reuniu Felipe Brandão (Planeta Brasil), Renato Fleischner (Mundo Cristão) e Samuel Coto (HarperCollins Brasil). Brandão destacou o potencial de crescimento do mercado digital e de audiobooks no Brasil, além da importância de diversificar catálogos para além do eixo Rio-São Paulo e de fortalecer a literatura infantil. Fleischner ressaltou que 30% das vendas da Mundo Cristão são destinadas ao mercado não religioso e que o digital tem ampliado o alcance da Bíblia. Já Coto lembrou que pesquisas confirmam o protagonismo feminino no consumo de livros, mas defendeu também estratégias específicas para engajar o público masculino. 

Encerrando o primeiro dia, o painel “Como fazer com que nossas empresas tenham profissionais cada vez mais inovadores, abertos e diversos?” reuniu Sevani Matos (CBL), Carolina Riedel (Grupo Pensamento), Tatiany Leite (jornalista) e Ellen Costa (Grupo Editorial Aleph), com mediação de Flavia Bravin (Saber, Cogna Educação e PublisHer). As participantes compartilharam experiências pessoais e profissionais, refletiram sobre os desafios de gênero e destacaram a importância de equipes diversas e de culturas organizacionais abertas à inovação. 

Para Sevani Matos, a prática continua sendo central no setor: “O nosso setor não é das ciências exatas. Muitas decisões são de feeling, e a feitura do livro se aprende no dia a dia, com equipes formadas por pessoas de diferentes culturas e experiências.” Carolina Riedel ressaltou que a diversidade enriquece a gestão: “Inovação e tradição podem caminhar juntas, e a troca entre diferentes gerações fortalece a prática editorial.” Tatiany Leite trouxe a questão da representatividade feminina nos espaços de poder, enquanto Ellen Costa defendeu o olhar 360º sobre diversidade: “O que parece óbvio nem sempre é. Só conseguimos mudar quando a experiência é aplicada internamente, com equipes que representem mulheres, pessoas pretas e diferentes realidades.” 

O Encontro segue até sexta-feira (22), com uma programação que combina painéis, workshops, networking e a participação de especialistas nacionais e internacionais. 

Confira aqui a programação completa do evento. 

Por Diego Drumond


Livro e liberdade deveriam ser a mesma coisa. Desde a invenção dos primeiros símbolos, liberdade fomentou leitura e interpretação, que estimularam a circulação de livros, e esse ciclo é liga das principais engrenagens do processo civilizatório. “A liberdade é uma livraria”, ensinou o poeta espanhol Joan Margarit.

A oferta de livros deve ser livre. A demanda também. O conteúdo, sem dúvida, só será de qualidade se produzido isento de sombra censora, escrito sem medo de pensar.

Livros são e devem permanecer sempre livres em todos os aspectos, inclusive nos preços.

Assim como é feito com a maioria dos produtos confeccionados sob livre iniciativa, quem deve calcular e estabelecer o preço de venda de um livro é a empresa que o oferta ao mercado, no nosso caso a editora, que investiu na produção e assumirá os riscos da publicação. No Brasil, a cadeia produtiva dos livros não é tranquila nem voa em céu de brigadeiro, mas é capaz de equilibrar oferta, demanda e preços, sempre fez, funciona.

Como a prática insiste em interferir nas teorias, o mercado editorial apresenta um calcanhar de Aquiles que desafia o pensamento econômico. Longe do senso comum que acredita ser a digitalização do mundo, ou os baixos índices de leitura, nosso ponto mais fraco hoje é exposto por um estratagema antigo, utilizado por varejistas generalistas, e que sufoca nossos pontos de venda especializados. O livro está sendo usado como isca de baixo investimento para pesca e cativação de clientes qualificados. Quem compra e lê livros já venceu ou vai vencer na vida e, nesse sentido, é o peixe que todo varejista deseja em seu aquário.

A minhoca parece suculenta, você é livre para escolher, um forte desconto aparece naquele livro novo, que você já decidiu comprar, porém ainda não escolheu onde. A tentação é grande, o frete é grátis e o anzol é certo. A linha vai te levar diretamente à base de dados de um varejista generalista que almeja vender muito mais do que livros. O esforço dele é conquistar esse leitor e conduzi-lo ao outro lado da tabela de preços, onde mora a margem de lucro.

É uma tática inteligente e agrada consumidores que deduzem que tudo o que varejista faz é para favorecê-lo, melhor atendê-lo e os preços serão sempre favoráveis por ali. Não é ilegal, os descontos são livres. Mas essa tática tem um efeito colateral sério.

Livrarias são varejistas especializados, o faturamento advém preponderantemente da venda de livros. Se tentarem acompanhar os fortes descontos que varejistas generalistas concedem para os livros recém-lançados, marcarão encontro com as bancas de advogados que organizam as recuperações judiciais, como vimos em série, recentemente.

Cada vez que uma livraria fecha ou é reduzida, alguém deixa de descobrir um livro e isso é sempre uma perda para toda a sociedade. Se meu espaço fosse ilimitado eu detalharia como isso forçará até os varejistas a trocarem de isca, lá no dia em que todos nós estivermos lendo menos. Grandes magazines não querem ser livrarias, é muito trabalho para pouco dinheiro.

A principal virtude da livraria consiste em ser um comércio e um aparelho cultural ao mesmo tempo, um negócio gerido com arte e matemática. Mesmo que não venda um só livro num dia ruim, a livraria oferta valor para os que visitam, eleva o bairro e a cidade, traz cultura ao povo. Como escaparmos da armadilha e, ao mesmo tempo, mantermos nossa liberdade econômica?

Cada qual a seu modo, Japão, Espanha, Argentina, Itália, México, França, Alemanha, Inglaterra, Coréia do Sul, Portugal e diversos outros, chegaram à mesma fórmula sofisticada e que deu conta de equalizar o mercado, evitando distorções artificiais, sem ferir a liberdade de preços e a livre iniciativa, rejeitando regulação. É uma solução já antiga, alguns países aplicam com sucesso faz mais de meio século, comprovadamente eficaz para uma disfunção mercadológica recorrente no mundo dos livros.

As editoras determinam livremente os preços e podem modificá-los a qualquer tempo, inexiste tabelamento ou o Estado intervindo no preço do produto. É vedada a concessão de descontos exagerados (acima de 10%) apenas em livros recém-lançados. Depois de um ano, os descontos são liberados. A breve restrição é um lampejo, alcança somente 6% dos livros à venda, mas, com efeito, ilumina a alma das livrarias, que passam a vender o “pão quente” em igualdade de condições, concorrendo em um mercado livre e sobrevivendo para ofertar e difundir todo o restante da produção literária mundial, que vale pouco como isca, mas que exprime todo o conhecimento existente no mundo civilizado e precisa ser semeada.

Estudos sólidos comprovam que esse sistema, no médio prazo, estimula a redução dos preços sugeridos pelas editoras, já que passam a ser menos pressionadas por descontos e deixam de reagir prevendo preços majorados para cobrirem seus custos de produção. Os preços médios entre livrarias e varejistas generalistas findam convergindo numa linha inferior aos patamares anteriores.

O mercado editorial brasileiro adapta, assimila, negocia e burila esse sistema faz mais de vinte anos, equilibrando preservação do livre mercado e justa vedação às práticas destrutivas anticoncorrenciais. Nosso Congresso Nacional decidirá em breve se seguiremos buscando o caminho de uma nação leitora, com livros e livrarias livres.

Viva o livro, viva a liberdade, viva a livraria!

Diego Drumond é vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro, diretor da Associação Brasileira de Difusão do Livro, sócio da Faro Editorial e da Drummond Livraria.

Câmara Brasileira do Livro revela autores e obras selecionados; o público também já pode conferir a lista de jurados  

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou a aguardada lista dos 10 semifinalistas para cada categoria do Prêmio Jabuti em sua 66ª edição. Todas as informações já podem ser acessadas no site oficial da premiação (https://www.premiojabuti.com.br/jabuti). No dia 5 de novembro, às 12h, serão revelados os cinco finalistas de cada categoria, enquanto os vencedores de todas as 22 categorias – que abrangem os eixos de Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação – e o Livro do Ano serão conhecidos na cerimônia de premiação, marcada para o dia 19 de novembro de 2024, no Auditório Ibirapuera, em um evento exclusivo para convidados.

Com um total de 4.170 obras inscritas, a edição deste ano contou com a nova categoria Escritor Estreante - Poesia, no Eixo Inovação, destinada a autores que publicaram seu primeiro livro em língua portuguesa no Brasil, no período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2023. E, no Eixo Não Ficção, foram incluídas três novas categorias: Saúde e Bem-Estar, Educação e Negócios. 

Cada vencedor receberá a tradicional estatueta do Jabuti e um prêmio de R$ 5 mil, com exceção da categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior. As editoras vencedoras também serão agraciadas com uma estatueta. Já o ganhador do cobiçado Livro do Ano será premiado com R$ 70 mil, além de passagens e hospedagem para participar da Feira do Livro de Frankfurt, um dos maiores eventos literários do mundo.

Sevani Matos, presidente da CBL, ressalta a importância da realização de mais uma etapa da premiação: “Seguimos celebrando e valorizando a riqueza da nossa literatura nacional. Cada fase do Prêmio Jabuti é motivo de grande comemoração, pois nos permite destacar e reconhecer o talento dos nossos escritores.”

Hubert Alquéres, curador do Prêmio Jabuti, reforça: “A chegada a esta etapa do Prêmio Jabuti 2024 reafirma o compromisso da Câmara Brasileira do Livro com a literatura e a produção editorial. Há 66 anos o Jabuti reconhece e promove obras que marcam a cultura brasileira.”  

Um destaque adicional vai para a editora vencedora da categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior, que, além de receber a estatueta, caso seja filiada ao Projeto Brazilian Publishers, será contemplada com uma Bolsa de Apoio à Tradução, no valor de R$5 mil, oferecida pela CBL. Este montante deverá ser utilizado para traduzir uma nova obra de seu catálogo, em língua portuguesa, para qualquer outro idioma.  

A cerimônia de premiação poderá ser acompanhada ao vivo pelo canal da CBL no YouTube. 

Hoje, 15 de outubro, um passo importante foi dado pela Comissão de Educação e Cultura (CE) com a aprovação do PLS 49/2015, também conhecido como Lei Cortez, que estabelece regras para a comercialização e a difusão do livro, com o intuito de valorizar toda a cadeia do livro, desde leitores, autores, editoras e livrarias, fomentar a produção intelectual nacional e a facilitação ao acesso da cultura impressa e digital no país, além de permitir maior bibliodiversidade. 

O substitutivo aprovado deverá ser apreciado novamente, em turno suplementar por ser um projeto terminativo. Ou seja, terá um novo prazo para emendas ao substitutivo. Caso sejam apresentadas, serão apreciadas e votadas. 

Após a votação em turno suplementar, poderá ir à votação do plenário se houver recurso, do contrário, será encaminhada para análise da Câmara dos Deputados. 

A Câmara Brasileira do Livro (CBL), em conjunto com a Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL), Associação Brasileira de Editores de Livros e Conteúdos Educacionais (ABRELIVROS), Associação Nacional de Livrarias (ANL), Liga Brasileira de Editoras (LIBRE) e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), tem trabalhado nesse movimento com diálogos constantes com deputados e senadores. Essas conversas foram essenciais para ressaltar os desafios enfrentados pelo setor, como o fechamento de livrarias e a necessidade urgente de proteger a diversidade editorial no Brasil. 

Esses esforços culminaram, inclusive, na entrega de uma carta ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Na carta, as entidades destacaram o impacto positivo que a aprovação desta lei terá para a criação de um ambiente de concorrência justa e para a valorização de toda a cadeia produtiva do livro, desde leitores e autores até editoras e livrarias.  
 
A Lei Cortez é crucial para fortalecer as livrarias, que enfrentam inúmeros desafios, e promover a bibliodiversidade, elemento essencial para a pluralidade cultural e para o desenvolvimento intelectual do país. 

A Câmara Brasileira do Livro segue confiante de que a lei seja aprovada e sancionada, consolidando essa importante conquista. Acreditamos que, com a implementação da Lei Cortez, o Brasil estará mais próximo de um futuro no qual a leitura, o conhecimento e a diversidade de pensamento sejam acessíveis a todos. 

Entre os dias 16 e 20 de outubro, a 76ª edição da Feira do Livro de Frankfurt reúne uma delegação de 28 empresas brasileiras participantes do Brazilian Publishers — uma parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Além das empresas do projeto, outras dez editoras estarão na feira por meio do programa CreativeSP, da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e da InvestSP.

A participação brasileira em Frankfurt terá a participação das seguintes editoras: Biblioteca do Exército - BIBLIEx, Ciranda Cultural, Bom Bom Books & CEDIC International, The Ruth Rocha Project, UNESP, Faro Editorial, Global Editora, Globo Editora, Editora do Brasil, Todolivro, Aboio, UNICAMP Press, Supersônica Livros, Devir, Aleph, Grupo Online Editora, Mil Caramiolas, IndieVisível Press, Jaguatirica, Callis, VR Editora, Editora Eureka Infantil, Editora SENAC São Paulo, Grupo Editorial Alta Books, Telos Editora, Pergunta Fixar Editora, Girassol e EDUSP.

Além dos representantes das editoras, a comitiva contará com a presença de Sevani Matos, presidente da CBL, e Fernanda Gomes Garcia, diretora executiva da entidade. Os vice-presidentes Diego Drumond e Hubert Alquéres, curador do Prêmio Jabuti, também estarão presentes. A equipe será complementada por Rayanna Pereira, coordenadora de relações internacionais, e Ana Claudia Cleto Paiva, analista de relações internacionais.

Um dos destaques da participação brasileira será na mesa "From Climate Science to Climate Action". Este painel, alinhado aos objetivos da ONU para a ação climática, contará com Sevani Matos, que abordará o papel do setor editorial. EJ Hurst, líder em Sustentabilidade da New Society Publishers, compartilhará iniciativas para reduzir o impacto ambiental da indústria. Arne Molfenter, do Centro de Informação Regional da ONU para a Europa Ocidental, e o Professor Ralf Seppelt, do Helmholtz Centre for Environmental Research, também participarão, discutindo como as editoras podem contribuir para a causa climática.

Outro destaque é o lançamento da nova edição do Catálogo de Livros e Direitos Autorais. O catálogo inclui as categorias Infantil e Juvenil, Acadêmico e Religioso, e Ficção e Não Ficção, reafirmando a diversidade e a riqueza da produção editorial do Brasil. Produzido pelo Brazilian Publishers, o material será disponibilizado no formato digital e bilíngue. Além das sinopses, o catálogo reunirá o registro de ISBN de cada obra, facilitando a verificação de vendas de direitos em outros países.

Estande do Brasil

A programação também inclui a tradicional Caipirinha Hour, uma parceria com a MVB e a InvestSP, que acontece no dia 17 de outubro, às 16h30. O evento, que conta com música ao vivo e a culinária típica alemã, é uma oportunidade de networking descontraído entre profissionais do setor editorial de todo o mundo.

"Estamos extremamente orgulhosos de registrar um número recorde de empresas brasileiras na Feira deste ano, o que reforça o crescente reconhecimento da qualidade da nossa produção editorial no cenário internacional. A participação de Fabrício Corsaletti, vencedor do Prêmio Jabuti, também é motivo de celebração, elevando ainda mais a visibilidade da literatura brasileira no exterior", destacou Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro.

“O lançamento do Catálogo de Livros e Direitos Autorais na Feira do Livro de Frankfurt representa uma grande oportunidade para as editoras brasileiras. Com a participação de 41 empresas, estamos ansiosos para que essas obras ganhem visibilidade internacional, gerando novas oportunidades de negócios e parcerias em um dos maiores eventos do setor editorial”, destacou Rayanna Pereira, que também é a coordenadora do projeto Brazilian Publishers.

Edição anterior

Em 2023, a participação brasileira na Feira do Livro de Frankfurt gerou mais de US$ 1,32 milhão em novos negócios, entre acordos fechados e expectativas para os próximos 12 meses, para as 24 empresas brasileiras participantes. A expectativa para este ano é ainda maior, com as editoras brasileiras buscando expandir suas parcerias e oportunidades no mercado editorial global.

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anuncia as datas das próximas etapas da  66ª edição do Prêmio Jabuti, o mais tradicional prêmio do livro brasileiro. No dia 24 de outubro, às 12h, serão revelados os 10 semifinalistas de cada categoria e o júri desta edição. Já os 5 finalistas de cada categoria serão divulgados no dia 5 de novembro, às 12h. As listas serão publicadas no site do Prêmio Jabuti

Os finalistas concorrerão à premiação, que neste ano conta com 22 categorias, divididas em quatro eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação, além da premiação do Livro do Ano. Entre as novidades desta edição está, no Eixo Inovação, a categoria Escritor Estreante - Poesia, destinada a autores que publicaram seu primeiro livro em língua portuguesa no Brasil, no período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2023. E, no Eixo Não Ficção, foram incluídas mais três novas categorias: Saúde e Bem-Estar, Educação, e Negócios. 

Os vencedores de cada uma das categorias receberão a estatueta e o prêmio de R$ 5 mil (exceto Livro Brasileiro Publicado no Exterior), e suas respectivas editoras serão contempladas com a estatueta. O vencedor do Livro do Ano, além do prêmio de R$70 mil, também receberá passagens e hospedagem para participar da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, um dos maiores eventos literários do mundo. 

Destaque também para a categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior, na qual a editora brasileira vencedora receberá uma estatueta do Jabuti e, caso já seja filiada ao Projeto Brazilian Publishers, será contemplada com uma Bolsa de Apoio à Tradução, no valor de R$5 mil, oferecida pela CBL. Este montante deverá ser utilizado para traduzir uma nova obra de seu catálogo, em língua portuguesa, para qualquer outro idioma. 

Todas as informações oficiais podem ser encontradas no site da premiação.

O novo episódio do podcast "Papo CBL" já está no ar! A convidada especial é Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro, que detalha o sucesso da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, evento que ocorreu de 6 a 15 de setembro, na capital paulista.

Durante a entrevista, Sevani, traz um balanço da edição de 2024, que superou a de 2022, com a presença  de 772 mil visitantes e que se consagrou como a maior edição dos últimos 10 anos, e comenta sobre as motivações do crescimento de público, que se dirigiu à grande festa literária decidido a adquirir livros e ver de perto seus autores preferidos. 

A presidente da CBL também fala sobre o perfil predominante entre os visitantes, os treze espaços culturais, participação da Colômbia como país convidado de honra, as ações de incentivo nessa edição, o lançamento do Guia ESG para o mercado editorial, o ticket médio de compras, entre outros. Também são abordados os aprendizados que o evento deixou para a organização e os realizadores.

O evento teve como patrocinadores da edição o Itaú, AON, Colgate, Grupo Tecnoset, BIC, Suzano e MVB que renovaram suas parcerias. E a Paper Excellence, Faber-Castell, Skeelo, Sylvamo, CCR, Open Text, Grupo Syn e o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) que se juntaram à Bienal do Livro de SP pela primeira vez.

Clique aqui para ouvir o podcast.

Esta semana está acontecendo o Encontro Anual da Agência Internacional do ISBN em Paris, na Bibliothèque nationale de France (BnF), reunindo representantes de agências de diversos países para discutir temas relevantes para o sistema de ISBN. A Agência Brasileira do ISBN está representada por Fernanda Garcia, Diretora Executiva da Câmara Brasileira do Livro (CBL), que atualmente ocupa o cargo de tesoureira no Board da Agência Internacional do ISBN.

Um dos grandes destaques do evento foi o anúncio de que o Brasil sediará o próximo encontro, que acontecerá na cidade de São Paulo nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 2025. Este será um marco importante para o país e reforça o papel do Brasil no cenário global do ISBN.

A organização do encontro será feita pela Câmara Brasileira do Livro, em parceria com a Agência Internacional do ISBN. Desde março de 2020, a CBL é a única instituição autorizada a emitir o registro no Brasil.

Sevani Matos, presidente da CBL, recebeu a notícia com entusiasmo: “Este será um marco importante para o país e reforça o papel do Brasil no cenário global do ISBN. O evento reunirá representantes de agências de diversos países para discutir temas essenciais para o setor, como o futuro do ISBN, inovações tecnológicas e a importância da cooperação entre as agências internacionais”.

O ISBN (Padrão Internacional de Numeração de Livro) foi criado para fornecer uma espécie de "RG" para publicações monográficas, como livros, artigos e apostilas. 

A sequência numérica do ISBN é gerada por um sistema de registro utilizado pelo mercado editorial e livreiro em todo o mundo. Ela é composta de 13 dígitos que identificam o título, o autor, o país, a editora e a edição de uma obra. Esse código, reconhecido em mais de 200 países, permite o compartilhamento de metadados das obras em diferentes sistemas.

O evento atual, sediado na icônica Bibliothèque François-Mitterrand, conta com discussões sobre o futuro do ISBN, inovações tecnológicas e a cooperação entre as agências internacionais.

 Especialistas da Câmara Brasileira do Livro estarão na programação da Casa PublishNews durante a FLIP

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) estará presente na Casa PublishNews, um dos espaços da 22ª edição da Flip - Festa Literária Internacional de Paraty, que ocorre de 9 a 13 de outubro. A Casa, que aposta em uma programação que mistura conversas sobre literatura e livros, receberá representantes do mercado editorial para debates sobre questões urgentes do setor livreiro.

Luciano Monteiro, vice-presidente de comunicação e sustentabilidade da CBL participará da mesa Reflexões e ações urgentes em prol do mercado do livro e do fomento à leitura no Brasil (I e II), que contará também com a presença de Fabiano Piúba, Secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Ângelo Xavier, presidente da Abrelivros, Lizandra Magon, presidente da LIBRE, Rui Campos, Diretor de comunicação da ANL e sócio da Livraria da Travessa, Renata Costa, Ex-secretária do Plano Nacional do Livro e Leitura e gestora da empresa Palavralida, Vagner Amaro, jornalista, publisher da Malê, e Cristiane Mateus, publisher da Maralto.

Cinthia Favilla, gerente executiva de projetos da CBL, entidade que realiza a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Cinthia, é uma das convidadas da mesa “Eventos e curadoria no mercado do livro: do zero ao dever cumprido”, que também conta com Ester Figueiredo, professora, curadora, autora do livro Curadoria literária: enfoque para eventos, Henrique Rodrigues, escritor, produtor cultural, criador do Prêmio Caminhos de Literatura e colunista do PublishNews, e Tom Farias, jornalista, escritor e curador do Fliaraxá.

A CBL é uma das patrocinadoras da Casa PublishNews, que estará no mesmo local dos anos anteriores, no coração do Centro Histórico de Paraty.

Casa PublishNews
Onde: Rua Tenente Francisco Antônio, 300 (também conhecida como Rua do Comércio, no centro histórico de Paraty), ao lado da sorveteria Pistache
Quando: De 9 a 12 de outubro
Entrada gratuita (e sujeita à lotação)

Na 40ª Feira do Livro de Gotemburgo, o estande dedicado à literatura brasileira, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), e realizado pelo projeto Brazilian Publishers, servirá como um ponto de encontro central para evidenciar a diversidade e a riqueza das publicações brasileiras.

Entre os participantes brasileiros estão o escritor, pesquisador e ativista Edson Krenak, bem como os autores Tiago Ferro e Itamar Vieira Jr. A representação brasileira será reforçada por Rayanna Pereira, Coordenadora de Relações Internacionais da entidade, que irá liderar as atividades e a representação do estande durante o evento.

"A Feira do Livro de Gotemburgo é uma oportunidade muito interessante para levar a literatura brasileira para além das feiras já tradicionais no calendário internacional”, afirma Sevani Matos, presidente da CBL. "Este evento oferece a possibilidade de compartilhar a riqueza e a diversidade da nossa cultura literária para um público distinto. É um momento crucial para mostrar a vitalidade e a inovação da literatura brasileira, contribuindo para a construção de pontes e novas oportunidades para escritores e editores."

"Este ano, estamos especialmente entusiasmados em destacar autores como Edson Krenak, Tiago Ferro e Itamar Vieira Jr., cujas obras oferecem uma visão rica e diversificada da literatura brasileira", afirma Rayanna Pereira, que também é coordenadora do projeto Brazilian Publishers. "A participação desses renomados escritores é uma chance valiosa para demonstrar a profundidade e a relevância das nossas vozes literárias no cenário global."

A agenda dos autores brasileiros em Gotemburgo incluirá diversas atividades, como entrevistas, seminários e muito mais. Confira a seguir os detalhes da programação.

Quarta-feira, 25 de setembro

17:00 Entrevista com Edson Krenak e exibição de filme sobre a filosofia de Ailton Krenak.

Quinta-feira, 26 de setembro

11:00 - 11:45 Lançamento de “Estorvo”, no pavilhão da Lusima Books.

14:30 - 14:50 Entrevista com Itamar Vieira Jr. no Pavilhão do Brasil.

16:00 - 16:45 Seminário oficial com Tiago Ferro.

Sexta-feira, 27 de setembro

12:45 - 13:45 Mesa-redonda com Lídia Jorge, Tiago Ferro, Itamar Vieira e Edson Krenak.

14:00 - 14:45 Seminário oficial com Itamar Vieira Jr.

15:05 - 15:25 Entrevista com Itamar Vieira Jr. no Palco Borniers.

Sábado, 28 de setembro

14:00 - 14:45 Seminário oficial com Edson Krenak.

15:30 - 17:00 Lançamento da versão sueca de “Estorvo” de Chico Buarque, no estande brasileiro. 

Domingo, 29 de setembro

11:00 - 12:00 Edson palestra sobre os rios como símbolos para os povos indígenas. 

13:30 - 14:00 Lançamento do livro de Ailton Krenak “Om drömmen, om Jorden” no Pavilhão do Brasil.

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