CBL e Theatro Municipal seguem com a programação da série Encontro com Autores do Prêmio Jabuti, destacando distopia e ativismo na linguagem

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4 de outubro de 2022

CBL e Theatro Municipal seguem com a programação da série Encontro com Autores do Prêmio Jabuti, destacando distopia e ativismo na linguagem

A série, que foi aberta pela homenageada do Prêmio Jabuti deste ano, a filósofa e ativista Sueli Carneiro, traz agora Ignácio de Loyola Brandão e Felipe Castilho para falarem de distopia na literatura brasileira nesta próxima quinta-feira, 6/10

Na quinzena seguinte, dia 19/10, quarta-feira, Amara Moira, Monique Malcher e Eliane Potiguara falam sobre experimentação da linguagem, criação literária e ativismo, com mediação de Bel Santos-Mayer. 

 

O Theatro Municipal de São Paulo segue com a programação da série Encontros com Autores e, neste mês de outubro, o Salão Nobre do Theatro recebe os escritores Ignácio de Loyola Brandão e Felipe Castilho. Realizado em parceria com a Câmara Brasileira do Livro como parte da celebração da 64ª edição do Prêmio Jabuti.

Ignácio de Loyola Brandão, 86 anos, é contista, romancista e jornalista brasileiro. Membro da Academia Brasileira de Letras, ele foi homenageado em 2021 pelo Prêmio Jabuti como  Personalidade Literária. O escritor que, em 2018, lançou o romance cujo enredo vislumbrou um país arrasado, no qual o futuro se confunde com um passado remoto, não civilizado - “Desta Terra Nada Vai Sobrar, a Não Ser o Vento que Sopra Sobre Ela” - acaba de lançar “Deus, O Que Quer de Nós?”. (2022), sequência de “Desta Terra Nada Vai Sobrar, a Não Ser o Vento que Sopra Sobre Ela” (2018) e, juntos, formam uma tetralogia distópica com “Não Verás País Nenhum” (1981) e “Zero” (1974), publicado inicialmente na Itália e que chegou a ser proibido nos tempos da ditadura militar. Nele, o personagem principal, José, em meio a um contexto de insegurança iminente com direitos suspensos, desenha o caos do período ditatorial numa narrativa com estrutura que faz referência ao caos do período e que questiona o silenciamento imposto. 

Apesar do tom crítico, as distopias de Ignácio de Loyola Brandão têm como marca o bom-humor e, para debater com o escritor, o convidado é Felipe Castilho, autor de livros de fantasia que travam um diálogo com a cultura pop e o universo jovem. Famoso pela série “O legado folclórico”, que une mitologia brasileira com o mundo dos videogames, foi indicado duas vezes ao Prêmio Jabuti. A primeira, com a obra “Savana de Pedra”, em 2017, na categoria Histórias em Quadrinhos - na qual traça um paralelo entre a vida selvagem da selva africana e a violência da vida nas metrópoles durante a ocupação das escolas públicas em meados de 2016, ponderando o interesse da mídia na divulgação de ambos os eventos - e, a segunda, com a obraSerpentário”, em 2020, na categoria Romance de Entretenimento

“Felipe Castilho e Ignácio de Loyola Brandão representam um veio fecundo na literatura brasileira. Os ‘Caminhos distópicos’ que eles percorrerão em suas conversas nos levarão ao centro de suas obras, mas também ao núcleo de nossos dilemas”, afirma Marcos Marcionilo, curador do prêmio Jabuti. E completa: “Sua conversa nos ‘Encontros com autores’ do Theatro Municipal será o melhor momento para nos vermos no espelho da literatura contemporânea”.

O encontro terá a mediação de Luiz Trigo, professor titular da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo e membro do conselho do Prêmio Jabuti, e acontecerá dia 6/10, quinta-feira, às 18hs, no Salão Nobre do Theatro Municipal de São Paulo

Com duração de aproximadamente 90 minutos, a entrada é livre e gratuita. Não é necessário ingresso e a participação é por ordem de chegada até atingir a capacidade máximo do local.

Consulte a programação completa aqui.

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