Setor editorial encontra novas formas de comercializar livros e fatura 10,7% a mais em 2019

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8 de junho de 2020

Setor editorial encontra novas formas de comercializar livros e fatura 10,7% a mais em 2019

Setor editorial encontra novas formas de comercializar livros e fatura 10,7% a mais em 2019

Subsetores de Didáticos, Obras Gerais e Religiosos apresentam crescimento nas vendas. CTP é o único com performance negativa

 

Diante da crise vivida por importantes varejistas, o mercado editorial buscou alternativas e conseguiu fechar o ano de 2019 com saldo positivo, faturando R$ 5,67 bilhões, 10,7% a mais que em 2018, o que significa um aumento real de 6,1%, considerada a variação do IPCA de 4,31% no período.  Esse é um dos principais destaques da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro ano-base 2019, realizada pela Nielsen Book e coordenada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

No ano passado, o setor reforçou outros canais de vendas e, com isso, a participação percentual das vendas em livrarias exclusivamente virtuais aumentou de 3,4% para 12,7%; escolas e colégios de 1,8% para 5,9%; e internet/Market Place de 0,74% para 5,20%. A participação percentual das vendas para  livrarias e distribuidoras que, em 2018, respondiam por 50,5% e 29,5%, respectivamente, reduziram sua relevância para 41,6% e 22,9 %.

Em 2019, o setor editorial brasileiro produziu 395 milhões de exemplares, o que significa um crescimento de 13% em relação ao ano anterior.  A pesquisa mostra que foram editados 50.331 títulos no ano, um aumento de 7,5%. Desse total, 13.671 correspondem a novos ISBNs, percentual 6,6% inferior à 2018.

Um dos fatores que impulsionou o faturamento das editoras em 2019 foram as vendas para o Governo, particularmente o PLND Literário. Com a distribuição de 53 milhões de exemplares e um volume de R$ 280 milhões, este programa foi responsável por 4,9% do total da receita do setor.

As editoras do subsetor de Obras Gerais alcançaram o melhor resultado: um crescimento nominal de 19,8%, que significa um aumento real de 14,8% em vendas para o mercado. No total, unificando as vendas para o mercado e governo, o crescimento nominal é de 33,0% e de 27,5% em termos reais.

Já o subsetor de Didáticos manteve-se estável com um aumento nominal de 3,9% das em vendas ao mercado, o que representa uma queda real de 0,4%. Considerando as vendas ao mercado e governo, o subsetor obteve um acréscimo nominal de 4,4%, ou seja, 0,1% em termos reais.

Outro destaque foi o subsetor de Religiosos, que registrou nas vendas ao mercado um aumento nominal de 12,0% (6,1% em termos reais). Já o subsetor CTP (Científicos, Técnicos e Profissionais) apresenta queda desde 2015 e nesta edição a pesquisa mostra uma variação nominal de 0,2%, gerando assim uma queda de vendas ao mercado de 8,2% em termos reais.

O estudo, que mapeou a performance do setor editorial e de seus quatro subsetores[1] em 2019, ouviu 167 editoras do país.

Para ter acesso a íntegra da pesquisa, clique aqui.

 

Lis Ribeiro – Comunicação (CBL)

Tel.: (11) 3069-1300

lisribeiro@cbl.org.br

 

Mariana Fragoso – Comunicação (SNEL)

Tel.: (21) 2533-0399

assessoriacomunicacao@snel.org.br

 

 

[1] Didáticos; Científicos, Técnicos e Profissionais (CTP); Obras Gerais e Religiosos. Os subsetores dizem respeito às editoras e não ao tipo de livro comercializado, ou seja, se referem à categoria que corresponde à maior parte do faturamento autodeclarado pela editora.

 

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