Publicações científicas, técnicas e profissionais podem se inscrever até 20 de março
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anuncia, nesta quinta-feira (30/1), a segunda edição do Prêmio Jabuti Acadêmico, criado em 2024 para prestigiar obras acadêmicas, científicas, técnicas e profissionais. A premiação reconhece e valoriza a excelência da produção acadêmica brasileira, destacando o trabalho de autores e editores dedicados a esses segmentos. Neste ano, a novidade é a inclusão da categoria Tradução, que reforça o compromisso da premiação com a diversidade e a disseminação do conhecimento.
Podem concorrer ao prêmio obras publicadas em primeira edição entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024, considerando como inéditas aquelas que nunca tenham sido publicadas em qualquer formato. Além disso, os títulos devem possuir ISBN e Ficha Catalográfica emitidos no Brasil, atendendo às exigências legais.
As inscrições estão abertas até as 18h do dia 20 de março de 2025, pelo site oficial.
A premiação está dividida em dois eixos: Ciência e Cultura, com 27 categorias; e Prêmios Especiais, que conta este ano com a nova categoria Tradução, além de outras duas. No total são 30 categorias.
Outra novidade da edição é que cada obra só poderá ser inscrita em uma única categoria do Prêmio Jabuti Acadêmico, com exceção da categoria Ilustração, que aceita a inscrição de títulos que também estejam participando em qualquer outra categoria dos eixos.
Os autores premiados receberão a estatueta em cerimônia especial, além de um prêmio de R$ 5 mil. As editoras das obras premiadas receberão uma estatueta do Jabuti.
Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro, ressalta a importância da iniciativa: “O Prêmio Jabuti Acadêmico é um reconhecimento, uma forma de valorizar ainda mais, obras das áreas acadêmicas, técnicas e profissionais, revelando a qualidade da produção científica brasileira. Ano passado foram 1.953 obras inscritas, o que demonstra toda a força da primeira edição do Prêmio. Estamos animados para mais uma vez, reconhecer a excelência acadêmica do país”, afirma.
Pelo segundo ano, a premiação conta com o apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Categorias
O eixo Ciência e Cultura abrange 27 categorias, são elas: Ciência de Alimentos e Nutrição; Ciências Agrárias e Ambientais; Medicina Veterinária, Zootecnia e Recursos Pesqueiros; Ciências Biológicas, Biodiversidade e Biotecnologia; Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional; Enfermagem, Farmácia, Saúde Coletiva e Serviço Social; Medicina; Odontologia; História e Arqueologia; Antropologia, Sociologia, Demografia, Ciência Política e Relações Internacionais; Educação e Ensino; e Filosofia.
Este eixo também conta com as categorias de Ciências Religiosas e Teologia; Geografia e Geociências; Psicologia e Psicanálise; Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo; Arquitetura, Urbanismo, Design e Planejamento Urbano e Regional; Comunicação e Informação; Direito; Economia; Artes; Letras, Linguística e Estudos Literários; Astronomia e Física; Ciência da Computação; Matemática, Probabilidade e Estatística; Química e Materiais, e Engenharias.
O eixo Prêmios Especiais, que já contava com as categorias Divulgação Científica e Ilustração, nesta edição lança também a categoria Tradução, onde serão avaliados livros em tradução inédita de qualquer idioma para o português e publicados em nova edição no Brasil.
Curadoria
Pelo segundo ano, o curador do Prêmio Jabuti Acadêmico é o Professor Doutor Marcelo Knobel, que tem grande bagagem profissional. É renomado físico, conhecido por sua defesa ativa das universidades e da ciência. Assumiu recentemente o cargo de diretor executivo do TWAS - The World Academy of Sciences, na Itália.
Foi reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e também atuou como Pró-Reitor de Graduação na mesma instituição. Knobel foi ainda diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia e presidente do Insper.
“O Prêmio Jabuti Acadêmico ganhou força logo na sua primeira edição por reconhecer e celebrar os resultados de trabalhos acadêmicos. Para essa eleição, contamos com o apoio de uma comissão de jurados altamente qualificada e diversa, que buscam valorizar obras com contribuições significativas para o conhecimento e para a sociedade", destaca Marcelo Knobel, curador do Prêmio Jabuti Acadêmico.
O conselho curador desta edição é formado por 7 profissionais, com vasta bagagem no meio acadêmico:
- Bernardo Lessa Horta, professor do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia (UFPel), doutor em Epidemiologia pela McGill University; coordenador da Área de Saúde Coletiva – CAPES e membro do Comitê Assessor em Saúde Coletiva e Nutrição – CNPq.
- Débora Foguel, bióloga e doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professora titular do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis desta universidade, além de coordenadora da Rede de Ciências para Educação e pesquisadora do Centro de Estudo Sociedade, Ciência e Universidade.
- Emmanuel Zagury Tourinho, psicólogo pela Universidade Federal do Pará (UFPA), mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo (USP). É Professor Titular da UFPA, vinculado ao Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento.
- João Carlos Pereira da Silva, professor titular aposentado da Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde atuou por 46 anos. Mestre e doutor em Patologia Veterinária, com passagem em várias funções no âmbito do MEC e do INEP, e dezenas de artigos científicos em periódicos nacionais e estrangeiros.
- Maria do Carmo Rebouças dos Santos, professora de Direito da Universidade Federal do Sul de Bahía (UFSB) e pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação. Doutora em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional pelo Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares da Universidade de Brasília (UnB).
- Marilene Corrêa, professora titular da Universidade Federal do Amazonas, mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, doutora em Ciências Sociais pela Unicamp. Tem pós-doutorado na Université de CAEN (França), na UNESCO, e na Université Gustave Eiffel.
- Solange Yokozawa, professora titular da Universidade Federal de Goiás (UFG) e coordenadora adjunta dos programas acadêmicos de Linguística e Literatura/CAPES. Tem doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e é pesquisadora do CNPq.
Homenagens
Assim como no Prêmio Jabuti voltado para obras literárias, o Prêmio Jabuti Acadêmico tem um momento dedicado a homenagens. Serão reconhecidos a Personalidade Acadêmica - escolha que será feita pela CBL; e o Livro Acadêmico Clássico. No segundo caso, uma consulta pública para indicação das obras será aberta a partir de 30 de janeiro, por um prazo de 30 dias. O vencedor será escolhido pela entidade e curadoria do prêmio. O Livro Acadêmico Clássico contempla obras atemporais, que se mantenham relevantes e que tenham lugar cativo na memória de estudantes de diferentes segmentos.
Inscrições
A abertura das inscrições começa às 16h do dia 30 de janeiro e irá até as 18h do dia 20 de março de 2025 no site. Podem ser feitas pela editora, pelo autor, agente literário ou procurador devidamente constituído. A premiação prevê a participação de autores brasileiros natos, naturalizados ou estrangeiros com residência permanente no Brasil.
As inscrições realizadas de forma antecipada, até 28 de fevereiro, terão preço especial. Acesse o site da premiação e confira as informações detalhadas sobre cada perfil para inscrição e respectivas taxas.
Etapas e cerimônia final
As informações sobre os semifinalistas e finalistas, além da data e o local de realização da cerimônia de entrega da premiação serão divulgadas durante o ano. As definições serão noticiadas no site, nas redes sociais do Prêmio Jabuti Acadêmico e da CBL, e também por comunicados à imprensa.
Para mais informações sobre as inscrições, categorias e critérios do prêmio, visite o site oficial.
Sobre a ABC
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) é uma entidade independente, não governamental e sem fins lucrativos. Com um quadro atual de mais de 900 membros, a ABC é reconhecidamente a mais prestigiosa associação de cientistas no país. Seu foco é o desenvolvimento científico, educacional e do bem-estar social do país. Contribui para a promoção da ciência através do reconhecimento do mérito científico, a publicação do periódico Anais da ABC e o estudo de temas de primeira importância para a sociedade, visando dar subsídios científicos para a formulação de políticas públicas. Promove grupos de trabalho de cientistas de excelência sobre temas urgentes para a sociedade brasileira. Atua de forma semelhante, com liderança reconhecida, em organismos internacionais.
Sobre a SBPC
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) é uma entidade civil, sem fins lucrativos ou posição político-partidária, voltada à defesa do avanço científico, tecnológico, educacional e cultural do Brasil. Desde sua fundação, em 1948, exerce um papel importante na expansão e aperfeiçoamento do sistema nacional de ciência e tecnologia, bem como na difusão e popularização da ciência no País. Sediada em São Paulo, está presente nos demais estados brasileiros por meio de Secretarias Regionais. Representa mais de 120 sociedades científicas afiliadas e milhares de sócios. A SBPC participa ativamente de debates sobre os rumos das políticas de C&T e da educação no Brasil. Realiza ininterruptamente, desde 1949, a Reunião Anual, considerada o maior evento científico da América Latina.