A 60ª Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, que aconteceu entre os dias 6 e 9 de março, gerou US$ 448 mil em negócios, com a venda de livros físicos e de direitos autorais. A expectativa para os próximos 12 meses é de que as editoras fechem mais US$ 782 mil. O valor representa um aumento de 39% em relação à edição passada do evento, a primeira após a volta ao formato presencial.

A participação do Brasil na edição deste ano foi promovida pelo Brazilian Publishers — projeto de internacionalização de conteúdo editorial brasileiro realizado por meio de uma parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) — com o apoio do Ministério das Relações Exteriores. 

Fizeram parte da delegação as editoras Carochinha, Mais Ativos/Mais Amigos, Telos, ÔZé, Faro Editorial, Maralto Edições, Faria e Silva, Tordesilhas, Editora do Brasil, Girassol, Callis, Ciranda Cultural, Cedic International Inc., Panda Books, Global, Imeph, Mil Caramiolas, VR Editora, Solisluna, Pallas, Ateliê da Escrita e Jujuba.

A delegação brasileira contou, ainda, com os autores Álvaro Modernell; Guilherme Karsten; Flávia Bomfim; Fernanda de Oliveira; Clara Haddad; Claudia Souza; Mariana Ruiz Johnson e Camila Tardelli. Sevani Matos, a nova presidente da CBL, Fernanda Garcia, diretora executiva da CBL, Karine Pansa, presidente da IPA, e Hélio Ramos, Embaixador do Brasil na Itália, também marcaram presença na feira.

Destaques da programação

O Brasil teve destaque em diversos momentos do evento. A escritora e ilustradora Flávia Bomfim subiu ao palco para receber o troféu do BolognaRagazzi Award, prêmio anual concedido pela Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha. A autora recebeu menção honrosa na categoria Fotografia pela obra “O adeus do marujo”, que conta a história da rebelião militar liderada por João Cândido.

Karine Pansa, presidente da IPA, marcou presença em dois painéis. O primeiro foi sobre o Clube de Leitura ODS – iniciativa da ONU para incentivar crianças a se envolverem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável por meio da leitura. O segundo, promovido pelo projeto PublisHer em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, discutiu o empoderamento feminino por meio da leitura.

Outros destaques na Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha foram duas iniciativas que aconteceram no estande do Brasil: uma sessão de matchmaking entre editores brasileiros e internacionais, que reuniu dezenas de profissionais do mercado literário; e o tradicional Caipirinha Hour, evento de networking e confraternização que, neste ano, reuniu cerca de 300 pessoas.

“É uma honra poder estrear o meu mandato como presidente da CBL na maior feira literária do mundo dedicada ao público infantojuvenil”, afirma Sevani Matos, presidente da CBL. “Mais uma vez, as editoras brasileiras compareceram em peso e mostraram ao mundo todo o potencial do Brasil para produzir literatura de qualidade. Os resultados obtidos durante a Feira atestam isso, e estamos confiantes de que os eventos dos próximos meses também seguirão esse rumo”, conclui.

Sobre o Brazilian Publishers

Criado em 2008, o Brazilian Publishers é um projeto setorial de fomento às exportações de conteúdo editorial brasileiro, que visa promover o setor no mercado global de maneira orientada e articulada. A iniciativa é resultado da parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira por meio de ações de promoção comercial.