Por João Scortecci
A primeira feira do livro em São Paulo, realizada pela CBL - Câmara Brasileira do Livro, data de 1951. O objetivo da entidade - além de promover o livro e fomentar o mercado editorial e gráfico brasileiro - era introduzir, no país, a tradição europeia das feiras de livros, realizadas na França, na Alemanha e na Itália. Com o nome de “Feira Popular do Livro”, foi realizada em agosto de 1951, na Praça da República, região central da cidade de São Paulo. A experiência repetiu-se no ano de 1956, dessa vez no Viaduto do Chá, ponto ainda mais central da capital paulista e com maior fluxo de pedestres.
Em 1961, em parceria com o Museu de Arte de São Paulo – que até 1968 funcionou na Rua Sete de Abril, centro da cidade - foi promovida a primeira “Bienal Internacional do Livro e das Artes Gráficas”, evento que se repetiu em 1963 e 1965, com apoio de editoras, livrarias e gráficas.
Em 1970 – de 15 a 30 de agosto - a CBL promoveu e realizou, de forma oficial e independente, no Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera, a 1ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, marco na história da entidade e do mercado editorial brasileiro.
Pesquisando sobre a participação da indústria gráfica nas bienais do livro entre 1963 e 1965, o que descobri – se necessário, corrijam-me, por favor - remete à informação que parte das grandes editoras brasileiras dos anos 1970 eram também empresas gráficas. Em 2022, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo completará 52 anos. Uma data a ser comemorada! Em 2020, data do seu cinquentenário, por causa da pandemia de Covid-19, não pôde ser realizada, infelizmente.