{"id":50782,"date":"2017-09-29T00:00:00","date_gmt":"2017-09-29T03:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/cbl.org.br\/2017\/09\/29\/governo-federal-esta-desde-2014-sem-comprar-livros-de-literatura-para-escolas-publicas\/"},"modified":"2022-05-26T15:43:10","modified_gmt":"2022-05-26T18:43:10","slug":"governo-federal-esta-desde-2014-sem-comprar-livros-de-literatura-para-escolas-publicas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/cbl.org.br\/es\/2017\/09\/governo-federal-esta-desde-2014-sem-comprar-livros-de-literatura-para-escolas-publicas\/","title":{"rendered":"Governo federal est\u00e1 desde 2014 sem comprar livros de literatura para escolas p\u00fablicas"},"content":{"rendered":"
Por Ardilhes Moreira, G1
\n29\/09\/2017 06h55<\/p>\n
Entrevista do presidente da CBL, Lu\u00eds Antonio Torelli concedida ao portal G1.<\/strong><\/p>\n \u00daltima remessa de obras foi em 2014. Programa de compras foi extinto e alternativa est\u00e1 em elabora\u00e7\u00e3o de edital: se tudo der certo, nova entrega ocorre s\u00f3 a partir 2019.<\/p>\n O governo federal vai ficar ao menos quatro anos sem entregar novos livros de literatura para bibliotecas de escolas p\u00fablicas brasileiras. A \u00faltima remessa de livros feita pelo Minist\u00e9rio da Educa\u00e7\u00e3o (MEC) para toda a rede ocorreu em 2014. A partir daquele ano o programa que garantia a compra e a entrega n\u00e3o foi mais executado. A alternativa proposta pelo governo federal s\u00f3 ter\u00e1 possibilidade de enviar novos livros a partir de 2019.<\/p>\n Entre os anos de 2000 e 2014 foram quase 230 milh\u00f5es de exemplares, a um custo m\u00e9dio de R$ 3,80. Os livros foram distribu\u00eddos pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), que neste mesmo per\u00edodo investiu R$ 891 milh\u00f5es em compras. O montante significou, em m\u00e9dia, R$ 68,5 milh\u00f5es por ano na renova\u00e7\u00e3o dos acervos para estudantes de todos os anos do ensino b\u00e1sico (infantil, fundamental e m\u00e9dio).<\/p>\n Em nota ao G1, o MEC diz que uma alternativa para a extin\u00e7\u00e3o do PNBE est\u00e1 em andamento dentro da estrutura da pasta. A tramita\u00e7\u00e3o, que come\u00e7ou em julho, foi tamb\u00e9m o marco da extin\u00e7\u00e3o definitiva do PNBE, que at\u00e9 ent\u00e3o estava apenas descontinuado.<\/p>\n O primeiro passo na elabora\u00e7\u00e3o de um substituto para o PNBE foi a edi\u00e7\u00e3o do decreto n\u00ba 9099, de 18 de julho de 2017. A medida incorpora ao Programa Nacional do Livro Did\u00e1tico (PNLD) a obriga\u00e7\u00e3o de \u201cavalia\u00e7\u00e3o e disponibiliza\u00e7\u00e3o de obras liter\u00e1rias, al\u00e9m de acervos para bibliotecas, incluindo a\u00e7\u00f5es de qualifica\u00e7\u00e3o de materiais para aquisi\u00e7\u00e3o descentralizada pelos entes federativos\u201d.<\/p>\n Como o edital ainda est\u00e1 em elabora\u00e7\u00e3o pela Secretaria de Educa\u00e7\u00e3o B\u00e1sica (SEB), o MEC n\u00e3o divulgou detalhes de quantos livros e qual o or\u00e7amento espec\u00edfico do novo PNLD ser\u00e1 destinado para obras de literatura. Tamb\u00e9m n\u00e3o h\u00e1 informa\u00e7\u00f5es se o or\u00e7amento espec\u00edfico ser\u00e1 mantido ou mesmo se os estados ser\u00e3o respons\u00e1veis por bancar a \"aquisi\u00e7\u00e3o descentralizada\".<\/p>\n O per\u00edodo recente sem que o PNBE fosse executado coincidiu com a aprova\u00e7\u00e3o da valoriza\u00e7\u00e3o da literatura nas diretrizes curriculares. A rec\u00e9m aprovada Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino fundamental incluiu \"Educa\u00e7\u00e3o Liter\u00e1ria\" e a \"Leitura\" como eixos da \u00e1rea de linguagens. O MEC nega qualquer preju\u00edzo para o cumprimento da nova BNCC do ensino fundamental e \"n\u00e3o h\u00e1 descontinuidade das a\u00e7\u00f5es do PNBE, que ficaram com o (novo) PNLD\".<\/p>\n O PNLD inclusive ter\u00e1 um novo nome: Programa Nacional do Livro e do Material Did\u00e1tico (PNLMD). Os livros que ser\u00e3o entregues em 2018 j\u00e1 est\u00e3o definidos e n\u00e3o incluem obras liter\u00e1rias. Caso o pr\u00f3ximo edital em elabora\u00e7\u00e3o pela SEB j\u00e1 contemple as novas diretrizes, h\u00e1 possibilidade de que a literatura volte ao card\u00e1pio em 2019.<\/p>\n O fim do programa espec\u00edfico para a literatura levou at\u00e9 mesmo a escritora Ana Maria Machado, durante a Bienal do Livro no Rio, a cobrar o ministro da Educa\u00e7\u00e3o Mendon\u00e7a Filho em um dos seus discursos. \u201cEu, muitas vezes, me preocupo que, em um momento de conten\u00e7\u00e3o de despesas, a literatura v\u00e1 perdendo esse espa\u00e7o que foi conquistado pelo seu pr\u00f3prio m\u00e9rito.\u201d<\/p>\n A especialista Regina Zilberman concorda com a avalia\u00e7\u00e3o da autora. \u201cEm um pa\u00eds de tantas desigualdades como \u00e9 o nosso, a clivagem (separa\u00e7\u00e3o) entre o leitor e livro s\u00f3 agudiza esses problemas, deixando as pessoas afastadas das possibilidades infinitas que a linguagem verbal propicia. (...) Esse preju\u00edzo \u00e9 muito maior do que n\u00e3o saber escrever corretamente ou desconhecer alguns figur\u00f5es da literatura\u201d, diz Regina.<\/p>\n Para Lu\u00eds Ant\u00f4nio Torelli, presidente da C\u00e2mara Brasileira do Livro (CBL), o PNBE foi uma conquista do setor e chegou a ser copiado fora do pa\u00eds. O fim do programa e a indefini\u00e7\u00e3o sobre como o novo PNLMD vai contemplar as obras liter\u00e1rias s\u00e3o vistos com preocupa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Segundo Torelli, o setor n\u00e3o teve sinaliza\u00e7\u00e3o clara dos pr\u00f3ximos passos e n\u00e3o foi consultado sobre o fim do PNBE e as alternativas. \u201cFalou-se em livro direto para o aluno, o que tamb\u00e9m \u00e9 muito bom. Mas n\u00e3o pode se abandonar a biblioteca p\u00fablica. (...) Esse mesmo marasmo e descaso ocorre nos governos estaduais\u201d, afirma o presidente da CBL.<\/p>\n A perspectiva de que novos livros s\u00f3 cheguem \u00e0s bibliotecas a partir de 2019 aumenta as cr\u00edticas do setor.<\/p>\n De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pr\u00f3-Livro, as bibliotecas escolares s\u00e3o a principal forma de acesso aos livros para 18% da popula\u00e7\u00e3o. A pesquisa mostrou que esses espa\u00e7os s\u00e3o largamente aprovados por seus frequentadores, mas 41% deles diz n\u00e3o encontrar nelas todos os livros que procura. A pesquisa tamb\u00e9m mostrou que 56% da popula\u00e7\u00e3o brasileira \u00e9 considerada leitora, sendo que entre os estudantes, a B\u00edblia foi citada por 31% dos entrevistados como o livro principal, mesmo percentual que a resposta \"contos\", seguindo por \"did\u00e1ticos\" com 28%.<\/p>\n A especialista Regina Zilberman lembra que o PNBE nasceu no final dos anos 1990 e afirma que ele foi o principal programa de literatura j\u00e1 executado no pa\u00eds. A compara\u00e7\u00e3o de Regina \u00e9 com outros programas governamentais como o Sala de Leitura, dos anos 1980, e at\u00e9 mesmo privados, como o Ciranda dos Livros, da Funda\u00e7\u00e3o Roberto Marinho, em parceria com a Hoescht.<\/p>\n Os especialistas lembram que os programas s\u00e3o essenciais porque o livro, quando usado de fato, se desgasta e precisa de reposi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m da manuten\u00e7\u00e3o dos t\u00edtulos mais populares ou cl\u00e1ssicos, os alunos perdem a chance de ter contato com novas obras produzidas recentemente.<\/p>\n <\/p>\n Confirma a mat\u00e9ria original no link: https:\/\/g1.globo.com\/educacao\/noticia\/governo-federal-seguira-sem-entregar-novos-livros-de-literatura-para-bibliotecas-escolares-em-2018.ghtml<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Por Ardilhes Moreira, G1 Entrevista do presidente da CBL, Lu\u00eds Antonio Torelli concedida ao portal G1.<\/strong><\/p>\n \u00daltima remessa de obras foi em 2014. Programa de compras foi extinto e alternativa est\u00e1 em elabora\u00e7\u00e3o de edital: se tudo der certo, nova entrega ocorre s\u00f3 a partir 2019.<\/p>\n O governo federal vai ficar ao menos quatro anos sem entregar novos livros de literatura para bibliotecas de escolas p\u00fablicas brasileiras. 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Esse preju\u00edzo \u00e9 muito maior do que n\u00e3o saber escrever corretamente ou desconhecer alguns figur\u00f5es da literatura\u201d, diz Regina.<\/p>\n Para Lu\u00eds Ant\u00f4nio Torelli, presidente da C\u00e2mara Brasileira do Livro (CBL), o PNBE foi uma conquista do setor e chegou a ser copiado fora do pa\u00eds. O fim do programa e a indefini\u00e7\u00e3o sobre como o novo PNLMD vai contemplar as obras liter\u00e1rias s\u00e3o vistos com preocupa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Segundo Torelli, o setor n\u00e3o teve sinaliza\u00e7\u00e3o clara dos pr\u00f3ximos passos e n\u00e3o foi consultado sobre o fim do PNBE e as alternativas. \u201cFalou-se em livro direto para o aluno, o que tamb\u00e9m \u00e9 muito bom. Mas n\u00e3o pode se abandonar a biblioteca p\u00fablica. (...) Esse mesmo marasmo e descaso ocorre nos governos estaduais\u201d, afirma o presidente da CBL.<\/p>\n A perspectiva de que novos livros s\u00f3 cheguem \u00e0s bibliotecas a partir de 2019 aumenta as cr\u00edticas do setor.<\/p>\n De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pr\u00f3-Livro, as bibliotecas escolares s\u00e3o a principal forma de acesso aos livros para 18% da popula\u00e7\u00e3o. A pesquisa mostrou que esses espa\u00e7os s\u00e3o largamente aprovados por seus frequentadores, mas 41% deles diz n\u00e3o encontrar nelas todos os livros que procura. A pesquisa tamb\u00e9m mostrou que 56% da popula\u00e7\u00e3o brasileira \u00e9 considerada leitora, sendo que entre os estudantes, a B\u00edblia foi citada por 31% dos entrevistados como o livro principal, mesmo percentual que a resposta \"contos\", seguindo por \"did\u00e1ticos\" com 28%.<\/p>\n A especialista Regina Zilberman lembra que o PNBE nasceu no final dos anos 1990 e afirma que ele foi o principal programa de literatura j\u00e1 executado no pa\u00eds. A compara\u00e7\u00e3o de Regina \u00e9 com outros programas governamentais como o Sala de Leitura, dos anos 1980, e at\u00e9 mesmo privados, como o Ciranda dos Livros, da Funda\u00e7\u00e3o Roberto Marinho, em parceria com a Hoescht.<\/p>\n Os especialistas lembram que os programas s\u00e3o essenciais porque o livro, quando usado de fato, se desgasta e precisa de reposi\u00e7\u00e3o. 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\n29\/09\/2017 06h55<\/p>\n