{"id":51090,"date":"2021-12-23T00:00:00","date_gmt":"2021-12-23T03:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/cbl.org.br\/2021\/12\/23\/livro-reafirma-sua-importancia-no-segundo-ano-da-pandemia\/"},"modified":"2022-05-26T15:37:53","modified_gmt":"2022-05-26T18:37:53","slug":"livro-reafirma-sua-importancia-no-segundo-ano-da-pandemia","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/2021\/12\/livro-reafirma-sua-importancia-no-segundo-ano-da-pandemia\/","title":{"rendered":"Livro reafirma sua import\u00e2ncia no segundo ano da pandemia"},"content":{"rendered":"

Aumento de vendas, Bienais do Livro e abertura de livrarias confirmam reaquecimento do mercado livreiro<\/span><\/i><\/p>\n

 <\/p>\n

Depois de um 2020 em que, por conta do isolamento social exigido pela pandemia, as vendas de livros no Brasil tiveram um grande recuo, o ano de 2021 indicou uma retomada do mercado do livro.<\/span><\/p>\n

Um dos indicadores que atestam esta recupera\u00e7\u00e3o \u00e9 o Painel do Varejo de Livros no Brasil, realizado pelo <\/span>Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) em parceria com a Nielsen Bookscan Brasil.<\/span>\u00a0<\/span><\/p>\n

De janeiro at\u00e9 7 de novembro deste ano, na compara\u00e7\u00e3o com 30\/12 a 1\/11 de 2020, houve um aumento de 33% no volume de vendas de livros no Pa\u00eds. No ano passado, de acordo com a pesquisa Produ\u00e7\u00e3o e Vendas do Setor Editorial brasileiro, da Nielsen Book, com coordena\u00e7\u00e3o da C\u00e2mara Brasileira do Livro (CBL) e do SNEL, foi registrada uma queda de 18,4% nas vendas.<\/span><\/p>\n

Tamb\u00e9m \u00e9 importante destacar a 1\u00aa Bienal Virtual Internacional do Livro de S\u00e3o Paulo, toda em ambiente virtual por conta do coronav\u00edrus, teve 1,33 milh\u00e3o de visualiza\u00e7\u00f5es \u2013 o dobro do n\u00famero de pessoas que passaram pelo pavilh\u00e3o do Anhembi na edi\u00e7\u00e3o de 2018 da Bienal Internacional do Livro de S\u00e3o Paulo recebeu 663 mil visitantes. Foram mais de 190 horas de programa\u00e7\u00e3o, 100 expositores, 220 autores nacionais, oito estrangeiros e 114 reuni\u00f5es de neg\u00f3cios com compradores internacionais.<\/span><\/p>\n

E de 2 a 10 de julho de 2022, no Expo Center Norte, o maior evento liter\u00e1rio da Am\u00e9rica Latina e um dos maiores do mundo que \u00e9 a bienal paulista chega finalmente \u00e0 26\u00aa edi\u00e7\u00e3o oficial e presencial, ap\u00f3s o adiamento em 2020 for\u00e7ado pela pandemia.\u00a0<\/span><\/p>\n

Outro indicador relevante da recupera\u00e7\u00e3o do mercado do livro est\u00e1 no resultado da 63\u00aa edi\u00e7\u00e3o do Pr\u00eamio Jabuti, principal premia\u00e7\u00e3o de literatura do pa\u00eds, realizada em novembro: foram 3,4 mil inscri\u00e7\u00f5es, 31% a mais do que no ano passado.\u00a0<\/span><\/p>\n

\u201cTrata-se de um desempenho impressionante, e que tamb\u00e9m vem acompanhado pela abertura de diversas livrarias\u201d, destaca V\u00edtor Tavares, presidente da CBL.<\/span><\/p>\n

Tavares alerta, por\u00e9m, que o mercado do livro ainda necessita da defesa do direito autoral, impedindo, por exemplo, a concorr\u00eancia desleal de aplicativos que oferecem os chamados microbooks, com resumos dos livros, dando ao leitor um falso atalho para o conhecimento.<\/span><\/p>\n

Ele tamb\u00e9m enfatizou que h\u00e1 necessidade de incentivar a leitura no Pa\u00eds. Segundo a 5\u00aa edi\u00e7\u00e3o da pesquisa \u201cRetratos da Leitura no Brasil 2019-2020\u201d, realizada pelo Instituto Pr\u00f3-Livro em parceria com o Ita\u00fa Cultural, e aplicada pelo Ibope Intelig\u00eancia. Segundo a pesquisa, o Brasil tem cerca de 100 milh\u00f5es de pessoas que leem, o equivalente a 52% da popula\u00e7\u00e3o. Mas 67% dos brasileiros n\u00e3o contaram com algu\u00e9m que incentivasse a leitura. E do total, s\u00f3 56% leram ao menos um livro, ou parte dele, nos tr\u00eas meses anteriores ao levantamento.\u00a0\u00a0<\/span><\/p>\n

\u201cMudar esta realidade requer n\u00e3o apenas o esfor\u00e7o dos livreiros, mas tamb\u00e9m de pol\u00edticas p\u00fablicas para incentivar novos leitores. E algumas saltam aos olhos. \u00c9 preciso, por exemplo, fazer valer a Pol\u00edtica Nacional de Leitura e Escrita, institu\u00edda em 2018 como estrat\u00e9gia permanente para promover o livro, a leitura, a escrita, a literatura e as bibliotecas de acesso p\u00fablico no Brasil\u201d, defende.\u00a0<\/span><\/p>\n

Segundo a lei 13.696, a PNLE deveria ser implementada pela Uni\u00e3o, por interm\u00e9dio do Minist\u00e9rio da Cultura, que j\u00e1 nem existe mais, e do Minist\u00e9rio da Educa\u00e7\u00e3o, em coopera\u00e7\u00e3o com os estados, o Distrito Federal e os munic\u00edpios e com a participa\u00e7\u00e3o da sociedade civil e de institui\u00e7\u00f5es privadas. \u201cMas, at\u00e9 agora, \u00e9 tudo hist\u00f3ria em nossa imagina\u00e7\u00e3o\u201d, acrescenta Vitor que tamb\u00e9m destaca que despesas em educa\u00e7\u00e3o como o Programa Nacional do Livro e do Material Did\u00e1tico (PNLD), deveriam ser efetivamente enquadradas como pol\u00edtica de Estado\u00a0<\/span><\/p>\n

O presidente da CBL manifestou ainda preocupa\u00e7\u00e3o com o Projeto de Lei 3.887, da reforma tribut\u00e1ria apresentada pelo Minist\u00e9rio da Economia em julho de 2020, que ainda est\u00e1 em tramita\u00e7\u00e3o no Congresso Nacional.\u00a0<\/span><\/p>\n

\u201cSe o projeto for aprovado ser\u00e1 o fim da imunidade tribut\u00e1ria do livro, conquistada h\u00e1 quase 80 anos, pois passar\u00e1 a ser cobrada uma al\u00edquota de 12% sobre ele. Isso levar\u00e1 a um necess\u00e1rio aumento, estimado em 20% sobre o pre\u00e7o final de capa, o que vai prejudicar ainda mais o acesso \u00e0 leitura, \u00e0 cultura, ao conhecimento e \u00e0 educa\u00e7\u00e3o justamente da popula\u00e7\u00e3o mais vulner\u00e1vel\u201d, alerta.<\/span><\/p>\n

Para o presidente da CBL \u00e9 importante que em 2022, quando ser\u00e3o realizadas elei\u00e7\u00f5es para a presid\u00eancia da Rep\u00fablica, Congresso Nacional, governos estaduais e assembleias legislativas, os candidatos estejam cientes da import\u00e2ncia do livro.\u00a0\u00a0<\/span><\/p>\n

\u201cAos homens p\u00fablicos de qualquer esfera vale vislumbrar uma forma de abrir caminhos. E o farol \u00e9 a literatura, o conhecimento. Portanto, em 2022 vamos votar no livro\u201d.<\/span><\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Aumento de vendas, Bienais do Livro e abertura de livrarias confirmam reaquecimento do mercado livreiro<\/span><\/i><\/p>\n

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Depois de um 2020 em que, por conta do isolamento social exigido pela pandemia, as vendas de livros no Brasil tiveram um grande recuo, o ano de 2021 indicou uma retomada do mercado do livro.<\/span><\/p>\n

Um dos indicadores que atestam esta recupera\u00e7\u00e3o \u00e9 o Painel do Varejo de Livros no Brasil, realizado pelo <\/span>Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) em parceria com a Nielsen Bookscan Brasil.<\/span>\u00a0<\/span><\/p>\n

De janeiro at\u00e9 7 de novembro deste ano, na compara\u00e7\u00e3o com 30\/12 a 1\/11 de 2020, houve um aumento de 33% no volume de vendas de livros no Pa\u00eds. No ano passado, de acordo com a pesquisa Produ\u00e7\u00e3o e Vendas do Setor Editorial brasileiro, da Nielsen Book, com coordena\u00e7\u00e3o da C\u00e2mara Brasileira do Livro (CBL) e do SNEL, foi registrada uma queda de 18,4% nas vendas.<\/span><\/p>\n

Tamb\u00e9m \u00e9 importante destacar a 1\u00aa Bienal Virtual Internacional do Livro de S\u00e3o Paulo, toda em ambiente virtual por conta do coronav\u00edrus, teve 1,33 milh\u00e3o de visualiza\u00e7\u00f5es \u2013 o dobro do n\u00famero de pessoas que passaram pelo pavilh\u00e3o do Anhembi na edi\u00e7\u00e3o de 2018 da Bienal Internacional do Livro de S\u00e3o Paulo recebeu 663 mil visitantes. Foram mais de 190 horas de programa\u00e7\u00e3o, 100 expositores, 220 autores nacionais, oito estrangeiros e 114 reuni\u00f5es de neg\u00f3cios com compradores internacionais.<\/span><\/p>\n

E de 2 a 10 de julho de 2022, no Expo Center Norte, o maior evento liter\u00e1rio da Am\u00e9rica Latina e um dos maiores do mundo que \u00e9 a bienal paulista chega finalmente \u00e0 26\u00aa edi\u00e7\u00e3o oficial e presencial, ap\u00f3s o adiamento em 2020 for\u00e7ado pela pandemia.\u00a0<\/span><\/p>\n

Outro indicador relevante da recupera\u00e7\u00e3o do mercado do livro est\u00e1 no resultado da 63\u00aa edi\u00e7\u00e3o do Pr\u00eamio Jabuti, principal premia\u00e7\u00e3o de literatura do pa\u00eds, realizada em novembro: foram 3,4 mil inscri\u00e7\u00f5es, 31% a mais do que no ano passado.\u00a0<\/span><\/p>\n

\u201cTrata-se de um desempenho impressionante, e que tamb\u00e9m vem acompanhado pela abertura de diversas livrarias\u201d, destaca V\u00edtor Tavares, presidente da CBL.<\/span><\/p>\n

Tavares alerta, por\u00e9m, que o mercado do livro ainda necessita da defesa do direito autoral, impedindo, por exemplo, a concorr\u00eancia desleal de aplicativos que oferecem os chamados microbooks, com resumos dos livros, dando ao leitor um falso atalho para o conhecimento.<\/span><\/p>\n

Ele tamb\u00e9m enfatizou que h\u00e1 necessidade de incentivar a leitura no Pa\u00eds. Segundo a 5\u00aa edi\u00e7\u00e3o da pesquisa \u201cRetratos da Leitura no Brasil 2019-2020\u201d, realizada pelo Instituto Pr\u00f3-Livro em parceria com o Ita\u00fa Cultural, e aplicada pelo Ibope Intelig\u00eancia. Segundo a pesquisa, o Brasil tem cerca de 100 milh\u00f5es de pessoas que leem, o equivalente a 52% da popula\u00e7\u00e3o. Mas 67% dos brasileiros n\u00e3o contaram com algu\u00e9m que incentivasse a leitura. E do total, s\u00f3 56% leram ao menos um livro, ou parte dele, nos tr\u00eas meses anteriores ao levantamento.\u00a0\u00a0<\/span><\/p>\n

\u201cMudar esta realidade requer n\u00e3o apenas o esfor\u00e7o dos livreiros, mas tamb\u00e9m de pol\u00edticas p\u00fablicas para incentivar novos leitores. E algumas saltam aos olhos. \u00c9 preciso, por exemplo, fazer valer a Pol\u00edtica Nacional de Leitura e Escrita, institu\u00edda em 2018 como estrat\u00e9gia permanente para promover o livro, a leitura, a escrita, a literatura e as bibliotecas de acesso p\u00fablico no Brasil\u201d, defende.\u00a0<\/span><\/p>\n

Segundo a lei 13.696, a PNLE deveria ser implementada pela Uni\u00e3o, por interm\u00e9dio do Minist\u00e9rio da Cultura, que j\u00e1 nem existe mais, e do Minist\u00e9rio da Educa\u00e7\u00e3o, em coopera\u00e7\u00e3o com os estados, o Distrito Federal e os munic\u00edpios e com a participa\u00e7\u00e3o da sociedade civil e de institui\u00e7\u00f5es privadas. \u201cMas, at\u00e9 agora, \u00e9 tudo hist\u00f3ria em nossa imagina\u00e7\u00e3o\u201d, acrescenta Vitor que tamb\u00e9m destaca que despesas em educa\u00e7\u00e3o como o Programa Nacional do Livro e do Material Did\u00e1tico (PNLD), deveriam ser efetivamente enquadradas como pol\u00edtica de Estado\u00a0<\/span><\/p>\n

O presidente da CBL manifestou ainda preocupa\u00e7\u00e3o com o Projeto de Lei 3.887, da reforma tribut\u00e1ria apresentada pelo Minist\u00e9rio da Economia em julho de 2020, que ainda est\u00e1 em tramita\u00e7\u00e3o no Congresso Nacional.\u00a0<\/span><\/p>\n

\u201cSe o projeto for aprovado ser\u00e1 o fim da imunidade tribut\u00e1ria do livro, conquistada h\u00e1 quase 80 anos, pois passar\u00e1 a ser cobrada uma al\u00edquota de 12% sobre ele. Isso levar\u00e1 a um necess\u00e1rio aumento, estimado em 20% sobre o pre\u00e7o final de capa, o que vai prejudicar ainda mais o acesso \u00e0 leitura, \u00e0 cultura, ao conhecimento e \u00e0 educa\u00e7\u00e3o justamente da popula\u00e7\u00e3o mais vulner\u00e1vel\u201d, alerta.<\/span><\/p>\n

Para o presidente da CBL \u00e9 importante que em 2022, quando ser\u00e3o realizadas elei\u00e7\u00f5es para a presid\u00eancia da Rep\u00fablica, Congresso Nacional, governos estaduais e assembleias legislativas, os candidatos estejam cientes da import\u00e2ncia do livro.\u00a0\u00a0<\/span><\/p>\n

\u201cAos homens p\u00fablicos de qualquer esfera vale vislumbrar uma forma de abrir caminhos. E o farol \u00e9 a literatura, o conhecimento. Portanto, em 2022 vamos votar no livro\u201d.<\/span><\/p>","protected":false},"author":1,"featured_media":47379,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[3],"tags":[],"class_list":["post-51090","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-noticias"],"acf":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/51090","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=51090"}],"version-history":[{"count":14,"href":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/51090\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":52385,"href":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/51090\/revisions\/52385"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/wp-json\/wp\/v2\/media\/47379"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=51090"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=51090"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/cbl.org.br\/en\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=51090"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}